terça-feira, 27 de novembro de 2012

"Thriller" de Michael Jackson completou 30 anos esta semana



Thriller, o segundo LP do cantor americano Michael Jackson em parceria com o produtor Quincy Jones. Quase 30 anos depois, ele permanece como o álbum mais vendido da História (algo como 110 milhões de cópias). Isso depois de ter feito de Michael o Rei do Pop, de ter revolucionado a indústria fonográfica, de ter inaugurado a era de ouro do videoclipe (numa MTV que nascera em 1981) e de ter estabelecido parâmetros artísticos e comerciais que o artista morto em 2009 passou o resto de sua vida tentando, em vão, superar.Mas, mesmo com todo o planejamento artístico (com grandes ideias, como a de voltar a juntar Michael Jackson e Paul McCartney na faixa “The Girl is mine”, ou a de chamar o guitarrista Eddie Van Halen para fazer um solo no rock “Beat it”), “Thriller” não teria chegado onde chegou sem a fileira de históricos videoclipes, feitos por insistência (e com a orientação) do próprio cantor. Na ordem: “Billie Jean” (em que o cantor deu uma lição ou duas de dança), “Beat it” (com seu conceito “West Side story”) e “Thriller”, uma revolução sob vários aspectos.

Encantado com o filme “Um lobisomem americano em Londres”, Michael chamou o diretor John Landis para fazer o clipe de sua canção em clima de terror (com direito até a narração tenebrosa do ator Vincent Price). Landis idealizou um curta-metragem, com muita maquiagem de zumbi e dança, que custaria um até então inédito meio milhão de dólares. Esse não foi só o artefato decisivo para fazer de “Thriller” o disco mais vendido de todos os tempos: foi um acontecimento cultural, o vídeo que transformou a MTV numa potência (é o mais visto de sua história), que abriu o canal para os artistas negros e que iniciou uma escalada de inovação (e de custos) para os clipes.Trinta anos depois, a indústria musical pode não ser mais a mesma. Mas “Thriller” segue sendo homenageado — inclusive no Brasil. No dia 15, a banda americana Easy Star All-Stars mostra no Circo Voador sua recriação reggae do disco, “Thrillah”. E em 21 de fevereiro, estreia no Citibank Hall o musical “Thriller Live Brasil Tour” (os ingressos começam a ser vendidos esta semana em www.ticketsforfun.com.br), unindo artistas brasileiros aos músicos da produção original inglesa. Tudo para celebrar o disco cuja influência foi decisiva para as carreiras de um rol de artistas que segue por Prince, Lenny Kravitz, Will Smith, Ricky Martin, Justin Timberlake, The Black Eyed Peas, Justin Bieber e, mais recentemente, Bruno Mars (que imitava Michael Jackson profissionalmente na infância). Astros que uniram enorme talento, amor pela música e determinação para vencer obstáculos (cor da pele, nacionalidade, língua) com uma ambição para chegar onde o homem jamais pisou.

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